Sentou-se entre o salão de baile e o sexto DP da polícia. De um lado, despreocupadas paredes pro seu problema, do outro, preocupados demais pro que nem crime era. Sentia-se desolado, distinto das menininhas que se agarravam nos garotos de boné pra trás e os sugava a língua em saltos perigosos.
Lembranças pipocaram em sua mente anoitecida. A saudade da novidade, da vontade, até daquela velha vaidade por ostentação o dominou, nada a ver com os prazeres tão prazerosos que não mais sentiria quando abandonasse os trajes descolados. Era o luto a um amigo sincero, sereno e sabido.
Como iria lhe acalmar a dor se a própria calmaria fora embora?
Lá em cima, divisou o aparelho que lhe dera a notícia, agora sem alôs alegres ou bipes divertidos. Sentou-se dolorido na poltrona de pulgas, agarrado ao colar vermelho de pingente do amigo que não mais dormiria com ele. Saudosista, jantou a ração de seu cachorro.
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