Havia
mais sangue que chão
Não
se via se
o
ser
humano
ainda
vivia
Agarrado
como um pedaço de carne
foi
levado para longe da denúncia
Mas
o que era isso afinal?
Como
fazer o coração aceitar
acreditar
compreender
o
que acontecia?
Será
que ela escolhera passar por isso
ou
o mundo a deixou na mão?
Gritos.
Ódio.
Sangue.
Para
onde fora a criança?
Vivia?
A
mãe sobrevivia.
Não
fora assim
que
imaginara dar à luz
(e
bem neste dia)
a
sua cria!
Devemos
comemorar?
Cada
anjo que baixar
há
de se avisar:
Cuidado!
O
país está um caos
Se
ficar tenha a certeza
que
pode nos ajudar
porque
já não lhe podemos.
Talvez
ela
partindo
fosse
lhe fazer maior bem
pois
nos dias que sucedem
nascer
é um perigo
morrer
é um privilégio.
(Que
os hospitais
públicos
não
me ouçam!)
Aqui
se nasce e se morre
e
se morre e se nasce
e
nascemorrenasce
Em
péssimas
Péssimas
Péssimas
condições
Aqui
não se renasce
remorre
se!
Cada
dia uma morte.
Quando
vi esta história
boa
parte de mim foi embora
E
fiquei
dividido
entre
carma
e
abuso!
Talvez
seja mesmo carma
Mas,
Neste
plano,
É
abuso!
Talvez
seja carma nosso!
(Que
os governantes
públicos
não
me escutem!)
Mas
se
pagamos o nosso
Hoje
Eles
preparam a conta
deles.
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