sexta-feira, 21 de junho de 2013

O que estamos pagando?

Havia mais sangue que chão
Não se via se
o ser
humano
ainda vivia
Agarrado como um pedaço de carne
foi levado para longe da denúncia

Mas o que era isso afinal?

Como fazer o coração aceitar
acreditar
compreender
o que acontecia?
Será que ela escolhera passar por isso
ou o mundo a deixou na mão?

Gritos.
Ódio.
Sangue.

Para onde fora a criança?

Vivia?

A mãe sobrevivia.
Não fora assim
que imaginara dar à luz
(e bem neste dia)
a sua cria!

Devemos comemorar?

Cada anjo que baixar
há de se avisar:
Cuidado!
O país está um caos
Se ficar tenha a certeza
que pode nos ajudar
porque já não lhe podemos.

Talvez ela
partindo
fosse lhe fazer maior bem
pois nos dias que sucedem
nascer é um perigo
morrer é um privilégio.
(Que os hospitais
públicos
não me ouçam!)

Aqui se nasce e se morre
e se morre e se nasce
e nascemorrenasce
Em péssimas
Péssimas
Péssimas condições
Aqui não se renasce
remorre se!
Cada dia uma morte.

Quando vi esta história
boa parte de mim foi embora
E fiquei
dividido
entre
carma
e
abuso!

Talvez seja mesmo carma
Mas,
Neste plano,
É abuso!
Talvez seja carma nosso!
(Que os governantes
públicos
não me escutem!)

Mas
se pagamos o nosso
Hoje
Eles preparam a conta
deles.


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