sexta-feira, 26 de julho de 2013

Reflexões à beira do rio

Sentei-me à beira do rio.
Seria para me despedir dele
mas não
Não seria capaz de me despedir de
águas que não param para
olhar pra trás...
Queria mesmo era ser genial
mas a fluidez leva todo pensamento
e tráz mais
e leva
e tráz
de modo que ante o rio sou inconstante
uma pequena criatura
que observa a magnitude de uma criação
que é genial simplesmente por ser.

Emotivo rio que contém toda a lágrima do mundo
desaguará sabe-se lá onde
segue um rumo firme
num propósito
e que
sem querer
encanta a quem o assiste
Ou será querendo?
Fruto de uma brincadeira divina
que põe suas magnitudes a alcançar dois objetivos?
Um deles lhes é revelado
fluir
fluir 
fluir
fluir apaixonadamente para onde se deve ir
sem dúvida ou parada
obedientes criações...
A outra fica oculta
e assim deve permanecer
Não nos ouvem
apesar de nos escutarem
e existem encantando o tempo
em comum acordo com o todo
Como seria se as criações divinas se
envaidecessem
de sua existência?

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