Indiscreta
solidão secreta
que
finge em sair
quando
dentro é de verdade
Não
é solidão amargurada
triste
desmiolada
É
solidão de vontade
de
necessidade
de
farto
Do
mundo
do
fundo
das
profundidades
e,
mais, das futilidades
Hora
de morrer
pra
fora
pra
fora reverberar
o
dentro
Solidão
secreta e indiscreta
vira
trago de droga
de
álcool
Vaza
em berros internos
e
socos no próprio estômago
pronto
Destroi
a si
para
não desintegrar o outro
e
perder as perdas
Sofreguidão
silenciosa
parte
esse mundo em cacos
só
pra juntar os pedaços
e
se modificar
Entra
na caverna
mira
as palavras
encontra
os sentidos
e
sai
a
indiscreta solidão secreta
leva
e me convida a navegar
São
águas de mares nossos
que
vazam pelos olhos
quando
a fervura ainda não abaixou
E
deixam salgadas as palavras
Saídas
de uma boca sem voz
por
si mesma
Aguada
solidão
deixa
ser deixa estar
que
a terra vai germinar
tanta
água que deixou
Vai
levar e lavar
é
o que a fé nos deixa
é
o lugar a se apoiar
Nenhum comentário:
Postar um comentário