Correu, correu, correu
Sem olhar pra trás
Correu sem menos nem mais
Simplesmente correu
A sola deitava no chão
A coluna se eriçava em pulsação
O coração batia de dó em dó
O corpo se jogava sem pena, sem dó
Sem ré, saltou a fortaleza e voou
Passou por nuvens enchuvaradas
Estrelas ensimesmadas
Ventos dispersos e embaraçados
Num raio de tempo
Já estava embalado pela batia que existia
Chegou às chaves que buscava
E, com amor, se elevou
Que sol fazia no elevado sombreado!
Moradia das fadas e dos astros
A visão via vultos de cima
Tudo lá longe, só de relance
O céu apalpava-lhe o peito
Encharcando-o de emoções
Tudo durou o tempo suficiente
Que o permitiria viver no presente
Depois se desferiu em espiral
Pois se continuasse não voltaria
E se não voltasse não existiria
Aqui era o seu lugar
Lá era apenas pra voar
Pra descobrir
E desvendar
E amar
Arfante, voltou da porta misteriosa
E, com a chave, se deitou
Fechou os olhos,
Cortinas sempre abertas
A pensar queimava
Quando voaria de novo
E, nostálgico, sonhava
Com precipício e duas asas
Ninguém acreditaria se contasse
Temia até que o fosse feito
Pois o novo, que era o voo
Dependia do segredo.
Você não tem atualizado o outro blog? Adorei a visitinha, faz tempo né.
ResponderExcluirLindo poema!
Belo texto Nuti!
ResponderExcluirEsse blog e esses textos são muuuuuuito melhores que o outro! Parabens!
Excelente texto Nuti!
ResponderExcluirEssa parece ser daquelas buscas que podem salvar nossa vida... Me peguei pensando agora no que será que ele estava buscando... Se é que buscava algo mesmo, ou se essa 'busca' é apenas uma metáfora da vida...
Enfim, ótimo blog, ótimo texto. Parabéns.
Entrevista com a banda #ROAM, não deixe de conferir http://bit.ly/N7cU6B
Ah não era surpresa? Eu sempre arrastei um caminhão pelo Raí, kkkk, embora não ficou nem um pouco menos desejável mas eu não imaginava.
ResponderExcluirBeijoos.