quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ensaio emocionalmente confuso sobre a crise


Prometi a mim mesmo não entrar em crise
Mas aí entrei em crise de novo
Porque descumpri a promessa
Mas o que é a crise?
Se alguém me pergunta não sei o que responder...
A crise é uma bigorna no peito
e uma bola de gude nas pálpebras
A cabeça pouco presente
O presente pouco enfuturado
É uma cegueira ao sol ao redor
Qual o motivo?
Como emoldurar nas paredes da razão
A causa do que não se sabe o que é?
Há livros
Religiões
Filosofias
Terapias...
Ilusões!
Nenhuma explica a crise a outro lugar do corpo que não seja a mente
Eu já entendi o que devo fazer
Mas não entendi o como fazer
Será que tenho que me relacionar com a crise?
Pedi-la finalmente em casamento
Após anos de namoro?
Se ela não aceitar será que me deixa?
E, pois, se ela aceitar?
Terei de conviver com a crise?
A-ha!
Encontrei a sua causa: a dúvida!
Mas será?
Paralisei.

4 comentários:

  1. Oi! retribuindo o carinho!
    Amei o texto *-*
    estou seguindo!
    http://maristelasaldanha.blogspot.com.br/

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  2. "Eu já entendi o que devo fazer
    Mas não entendi o como fazer"(...)
    "Terei de conviver com a crise?
    A-ha!
    Encontrei a sua causa: a dúvida!
    Mas será?
    Paralisei."

    Nada mais verdadeiro!

    Ótimo poema, ótima constatação

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  3. Me identifico muito com a crise, e me vi em certas partes de teu texto, que aliás está muito bom. Parabéns!
    (Ah, e sobre o comentário deixado em meu blog há muito tempo, peço sinceras desculpas e já deixo a promessa de arrumar esta confusão. Espero que não tenha ficado chateado). Abraços.
    http://www.facebook.com/groups/amigosblogger/
    http://daquioitentaanos.blogspot.com.br/

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