quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Rastros

Enquanto todos desfrutam em suas copas a manhã, 
           você não me olha sol, 
               você me olha nos olhos 
e me deseja tão profundamente, 
                           que eu nado para a sua embarcação por vontade própria.

E então, 
quando a luz começa a se despedir deste hemisfério 
e todos tocam a cantoria da história do espantamento dos males
,
você não me olha música
,
você me olha alma
me canta na telepatia
,
e eu percebo no olhar que queima a nuca.

Por fim, 
no brilho da lua branca e formosa, 
enquanto todos consagram do fumo colhido em árvore, você 
não me olha vagalume, 
você me olha humano 
me traga tão apaixonadamente que eu me entrego a este novo 
a este novo que tem cara de reinício, 
                                                                                               a este delicado encontro que cura e 
que, 
com ares de amor, 
me ensina mais que qualquer professor, 
e eu
me torno a própria natureza, 
sol
lua
estrela
cachoeira, 
andando róseo pela rua. 
Te desejando profundamente e esperando um dia chegar à sua altura.

Um comentário: