quarta-feira, 3 de julho de 2013

Prisão

Eu adorava ver como você olhava o céu,
seus olhos castanhos espelhavam a alma das nuvens
maravilhados e molhados de emoção
Todas as linhas de seu rosto convergiam para o infinito
onde o Nada é Tudo
onde a grandeza se revela no olhar de quem contempla
O nariz era um beija flor embevecido
A boca era uma pétala abismada
A testa era todo o vento sem prisão
O queixo, um anunciador da natureza

E eu, te olhando...

Sabia que
também
podia me desviar e contemplar aquilo tudo
Mas
você me interessava mais
E eu já nem me questionava
Se devia ou não me embebedar de infinito
ou fazer disso que vias
a desculpa pra te ver e você nem me reparar

Um comentário:

  1. Você escreve tão deliciosamente bem, que é impossivel não gostar de te ler.
    Parabéns, menino. =)

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