Não crio coisas de um coração encarquilhado
Crio casas e me despedaço
Fervo e balanço
Me sacudo em desespero
Sou ego e incrível
Sofro e me humilho
Não falo de mim
Falo da humanidade
Da real idade
Da busca pela identidade
Falo da natureza e da beleza
E do que não ta errado
Hoje eu corro do passado
E avante pro futuro
Vivo o presente
Sou bombardeado
Meu coração vive aos saltos
E eu labuto pra escutá-lo
Sou devoto passado da mente
Pois ela me desmente
Me faz de louco
De otário
E me deixa acabado
Tento ser espírito
Puro, limpo
E despenco do céu como uma besta
Chifruda, demoníaca
Vivo tudo
E vivo nada
Coragem não me falta
E medo também não
Crio porque preciso
Vivo... por quê não?!
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