De repente ele
estava embevecido com aquela música divina que emanava dos quatro cantos de sua
existência. O movimento colorido que aquele som causava, fazia com que algo se
desprendesse de si mesmo, revelando uma intensa luz amarela, rasgada por um
azul nunca antes visto.
Toda a escuridão ia se dissipando
finalmente, deixando o ar entrar plenamente pelos pulmões, a vida se encontrar
e o mar escorrer, levando embora tudo que não lhe pertencia mais. Várias
pessoas cantavam, uma multidão, vozes tão bonitas, tão bonitas... Lágrimas saltaram de seus olhos, como se estivessem
há muito presas, libertando inclusive o coração...
Deus!
Quantas
correntes se desfaziam nesse momento, e pareceram assustadoramente eternas, mas
iam se desfazendo facilmente, como água mole em pedra dura.
Ele explodiu,
liberando a pressão que sofria seu corpo.
A luz era
tamanha que não era possível permanecer com os olhos abertos, a temperatura era
diferente também e agora ele sentia todo seu corpo esfriar. O tempo corria como
se nem existisse, era eterno, era cheio de possibilidades, cheio de quereres.
Seu corpo se movimentava involuntariamente, como se um espírito de luz o
capacitasse para o que estava por vir.
Quando pode abrir os olhos, percebeu que há
muito, muito mesmo, os tivera fechados.
É um texto muito bonito! Parabéns.
ResponderExcluirhahahaha vamos conversar?
ResponderExcluirCoisa linda isso.